PODER LEGISLATIVO DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA

Câmara de Vereadores de Santa Maria - RS

Santa Maria, quarta-feira, 24 de abril de 2024

Sessão plenária 23.12.10


Sessão plenária 23.12.10
  • 24/12/2010
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Resumo dos pronunciamentos

Jorge Trindade (PT) parabenizou os vereadores pela aprovação das contas do ex-prefeito Valdeci Oliveira, destacando a trajetória política de Valdeci, que foi o candidato a deputado mais votado em Santa Maria. Desejou boas festas de Natal aos vereadores, aos servidores e comunidade de Santa Maria.

Manoel Badke (DEM) informou ter sido questionado por repórter do jornal Diário de Santa Maria sobre o aumento no valor do subsídio dos vereadores, oportunidade em que respondeu achar exorbitante o acréscimo. “Se o chefe de alguém der o aumento, ninguém vai dizer que não quer. Seria demagogia dizer que alguém não gostaria de aumento salarial”, opinou. Questionou a ausência de mobilização dos estudantes e dos sindicatos de professores e servidores da UFSM por quais motivos não foram às ruas protestar pelo aumento aprovado no Congresso Nacional. Referente aos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado à gestão do prefeito Valdeci Oliveira nos anos de 2004 e 2005, Badke afirmou que analisou o processo e constatou "aberrações" apontadas pelo TCE.

Maria de Lourdes Castro (PMDB) falou sobre o momento vivenciado por todos, que é “de maior sensibilidade e de embates mais duros”. Um momento, segundo ela, “em que ouvimos coisas que não deveriam ser ditas, mas que estamos preparados para tais situações”. Desejou a todos um feliz Natal e expressou a sua vontade de que “todos sejamos justos nas nossas posições e decisões, pois necessitamos agir de forma justa e fraterna”.

Sandra Rebelato (PP) se reportou à sessão da última terça-feira, dizendo não ter conseguido esquecer o que ouviu naquela tarde, referindo-se às discussões em torno da prestação de contas do governo do petista Valdeci Oliveira. Para ela, teria sido a tarde mais difícil desta legislatura que completa dois anos. Quanto a ter sido questionada do ponto de vista ético, disse ter “a ética como pressuposto do bem comum”, como uma ciência “edificada sobre valores do bem que só vigora pela prática permanente dos deveres individuais, sociais, morais e políticos”. A progressista afirmou ter ficado constrangida com o que ouviu naquela sessão, perplexa e indignada e classificou os pronunciamentos a que se referia, sem especificá-los, como “ditos intimidatórios”. Mais adiante, considerou fato inaceitável e não correto “fazer campanha política para o pleito de 2012 da tribuna da Câmara”. Segundo a vereadora, “não corresponde à verdade e é inadmissível” colegas de vereança serem chamados de subservientes e que estariam agindo “a cabresto, sob orientação e pressão, como se fôssemos interditos ou incapazes”. A única subserviência que admite, assegurou, é a sua própria consciência “que é dotada de exigências éticas” e que isso lhe faz “intolerante a qualquer prática desavisada que comprometa a ordem social”. Por fim, disse utilizando-se da parábola sobre a construção de uma catedral, em que três pedreiros envolvidos na obra foram indagados a respeito de suas funções: “de fato, meus colegas, minhas colegas, aqui estamos construindo catedrais institucionais para assegurar cidadania a todos, e por esta construção somos irremediavelmente responsáveis”.

Isaias Romero (PMDB) informou de uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (23) entre a bancada do partido e o prefeito municipal Cezar Schirmer, oportunidade em que foi anunciada uma série de obras e iniciativas a serem implementadas pela administração nos próximos dois anos, “além do muito que já foi feito”, ressaltou. Segundo ele, serão entregues cerca de 10 escrituras de imóveis hoje em situação irregular, implantação do trem turístico, reforma de todas as escolas da rede municipal disponibilização de uniforme aos alunos do município, gratuitamente, de todas as séries, além da construção de 21 pracinhas de brinquedo. Sobre o que já teria sido feito lembrou que a atual administração contratou tantos professores como nunca tinha acontecido antes no município, e destacou também a realização de eventos na área do esporte, turismo e lazer que “nunca se tinha visto antes em Santa Maria”. Segundo Romero, ao contrário de outros que “nem bem a galinha bota o ovo e já sai anunciando”, o prefeito Schirmer não se utiliza de markenting para anunciar os feitos da sua administração.

João Kaus (PMDB) registrou o seu pesar pela perda de dois amigos nesta semana que se encerra. Renato Nicoloso, seu companheiro e padrinho de filiação partidária, e Marineu Zianni, fundador do Democratas no município, ex-vice-prefeito de Santa Maria e presidente do Esporte Clube Internacional. Quanto a Renato Nicoloso disse ter sofrido um choque tão grande quando soube da sua morte, semelhante ao que sofrera quando da morte de seu pais, anos atrás. Em relação a Marineu Zianni, disse que com ele “morre um monte de coisas boas”. E sobre ambos, que a cidade perde dois grandes cidadãos, líderes políticos e desportistas. Quanto à sessão passada, João Kaus disse ter sentido a mesma indignação da vereadora Sandra Rebelato e censurou o advogado Ricardo Jobim, procurador de Valdeci Oliveira, “pela forma desrespeitosa com que se referiu aos vereadores”. Segundo ele, Jobim não poderia ter ultrapassado da sua prerrogativa de defender o seu cliente, “dando-se o direito de dizer o que os vereadores deveriam fazer”.

Helen Cabral (PT), admitindo que as críticas sobre a sessão da última terça-feira referiam-se em parte ao seu pronunciamento, anunciou que responderia pelas suas palavras, já que pelas afirmações do advogado Ricardo Jobim não poderia se responsabilizar. Quanto ao que foi classificado como politicagem, lembrou que a Câmara é “um Poder Político, não um clube da Luluzinha ou do Bolinha, onde só se façam reuniões”. Há, segundo ela, que se discutir política, “respeitando-se as relações humanas”. Sobre possível antecipação da eleição de 2012, lembrou que em mais de 150 anos de existência do município “esta é a primeira vez que este tipo de coisa acontece nesta Casa”. Disse que não poderia interpretar de forma distinta o fato de vereadores terem mudado de posição depois que dois secretários do prefeito Schirmer teriam se reunido na manhã da terça-feira com a bancada de sustentação do governo, possivelmente para tratar do assunto. A petista afirmou que vereadores situacionistas teriam justificado a sua mudança de posição em razão de pressões que vinham sofrendo, “inclusive com a ameaça de perda de cargos”. Ressaltou a postura do democrata Manoel Badke, que mesmo sendo da bancada da oposição, “analisou tecnicamente o assunto e votou a favor do relatório da Comissão de Finanças”, favorável ao ex-prefeito Valdeci Oliveira. Por fim, disse que sempre foi e continuará sendo transparente no debate político, debatendo e divergindo “quando necessário”, e que do ponto de vista das relações humanas “respeito a todos colegas vereadores”.


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