Realizada no CTG Os Araganos, no Bairro Divina Providência, região norte da cidade, a sessão ordinária desta quinta-feira (05) teve início com a posse do vereador João Kaus (PMDB), que assumiu a vaga de Tubias Calil, licenciado para tratar de assuntos particulares. A sessão fora da sede do legislativo foi uma proposição do vereador Luiz Carlos Fort (PT), e contou com uma expressivo número de moradores da região.

Tribuna Livre
Dividiram o espaço da Tribuna Livre a vice-presidente da associação comunitária local, Cleuza Maria Cassenote, e o vice-patrão da entidade anfitriã, Romário da Rosa. Cleuza fez um rápido balanço das atividades da sua diretoria que, ao assumir em meados de 2009, encontrou a sede da associação em estado de abandono, conforme explicou. “Falando em termos bem gaúchos, na cozinha da nossa sede não dava nem para entrar”. A líder comunitária relatou que até o momento foram feitas várias reformas, tanto na cozinha como na estrutura geral do prédio, e até mesmo na pracinha de brinquedos mantida pela associação. “Hoje, nós até já cozinhamos na nossa cozinha, fazemos chás e risotos, que é como tiramos os recursos para dar continuidade às nossas obras”. Na mesma linha foi o pronunciamento do vice-patrão, cuja diretoria assumiu o CTG há três anos, depois de quatro anos inativo, e o prédio também se encontrava em situação de abandono. “Não havia piso no salão de baile e pesavam sobre a entidade diversas dívidas”, conta o vice-patrão. Hoje, em pleno funcionamento, Romário da Rosa credita as conquistas “ao esforço da sua diretoria e à ajuda da comunidade”.


Proposições aprovadas

- Projeto de Lei, de autoria do vereador Marion Mortari (PP), que denomina de Valdemar Pains uma rua no Distrito de Pains;

- Projeto de Lei , de autoria do vereador Marion Mortari (PP), que denomina Sérgio Paines uma rua no Distrito de Pains.


Resumos dos pronunciamentos

Luiz Carlos Fort (PT), autor da proposta para a realização da sessão no Centro de Tradições Gaúchas Os Araganos, o petista saudou e deu as boas vindas ao suplente João Kaus (PMDB), que acabara de assumir na vaga do licenciado Tubias Calil. Fort felicitou as direções da associação comunitária e do CTG, para depois reclamar da falta de iluminação pública na região. Crítico da implantação da Contribuição para a Iluminação Pública – CIP, Forte lembrou sempre ter votado contra a proposta “por ter certeza que tal taxa seria mais um gasto para a população e que não resolveria o problema”. Dizendo que a falta de iluminação pública não se restringe à zona norte, mas que atinge toda a periferia da cidade, “apenas o centro está bem iluminado”, Fort voltou a ameaçar a buscar na justiça o ressarcimento do dinheiro recebido pela empresa contratada para prestar o serviço, “porque até agora não foi feito nada”. O petista acha que a concessionária do serviço de iluminação, a AES-Sul, “também deve ser chamada à responsabilidade”. Segundo ele, esta empresa está substituindo postes em más condições, mas não repõe as luminárias que retira para a execução do serviço.

João Kaus (PMDB) estreou na tribuna, em comunicação de liderança, para se declarar “um colega e amigo de todos”, disposto a contribuir no encaminhamento dos projetos e programas da Casa. Também se declarou honrado em “fazer parte desta representatividade”, lembrando não ser fácil a tarefa de exercer um mandato de vereador numa cidade com a importância de Santa Maria. Lembrou da sua militância comunitária, de mais de dez anos, e que, em 2009, foi a terceira eleição na qual tentou a conquista de um mandato no parlamento santa-mariense. Depois de agradecer o apoio de algumas pessoas, integrantes de sua equipe de trabalho, militantes partidários e familiares, João Kaus disse que neste período terá uma preocupação especial com os problemas da saúde e da educação no município, sobretudo no que diz respeito à população rural e da periferia da cidade.

Marion Mortari (PP) usou a tribuna para dizer da sua preocupação com certos problemas enfrentados em algumas subprefeituras do município. Citou o caso de Pains e outros dois distritos onde, há mais de três meses, não há mais secretárias para organizar a correspondência endereçada aos moradores. “Isso causa um transtorno muito grande para as pessoas que moram nos distritos, que têm de se deslocar até à sede dos correios na cidade para pagar contas como luz, água, entre outras”. Subprefeito do Distrito de Pains em três oportunidades, Marion lembrou que naquele tempo nunca faltou secretária, “até porque os correios ajudam com R$ 300 mensais para o pagamento destas funcionárias”. O vereador encerrou o pronunciamento pedindo o apoio de todos os colegas parlamentares para encontrar uma solução para o problema.


Texto: Beto São Pedro
Fotos: Renata Bianchini