- 30/03/2023
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- Geral
- Criado por: Thaís Hoerlle em 30/03/2023
Na manhã desta quinta-feira (30), a Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos recebeu dois grupos de pessoas. O primeiro, um grupo de mulheres que sofrem com fibromialgia, reivindicou atendimento prioritário no sistema de saúde. O segundo solicitou apoio para interlocução com uma universidade privada para a continuidade das terapias ocupacionais ofertadas, de forma gratuita, as pessoas com espectro autista.
Acometida com fibromialgia, Carina Corrêa, relatou aos parlamentares como é viver com a doença. Explicou que, por vezes, sente dor “24 horas por dia”. Ainda, citou apresentar problemas cognitivos, sensibilidade no olfato e depressão. Sobre as dificuldades enfrentadas, Carina ressaltou a falta de disponibilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) de médico reumatologista especialista em dor. Além disso, outros integrantes do grupo relataram sofrer preconceito, por ser uma doença silenciosa (sem manifestação física), quando solicitam utilizar atendimento prioritário.
O vereador Adelar Vargas informou que realizou interlocução com o prefeito municipal, Jorge Pozzobom, o qual irá emitir um decreto que regulamenta a prioridade no atendimento à saúde a pessoas com fibromialgia por meio da confecção de uma carteira de identificação. A vereadora Roberta Leitão sugeriu incluir as discussões sobre a doença na pauta da Frente Parlamentar das Pessoas com Deficiência.
Como encaminhamento, a presidente da comissão, vereadora Marina Callegaro, deliberou a realização de reunião com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde.
Atendimento a crianças com autismo
Em um segundo momento da reunião, os edis ouviram o relato de pais de crianças com espectro autista sobre a dificuldade de conseguir tratamento gratuito em Santa Maria. Jeimir Gonçalves Francisco, pai de um menino de 1 ano e 7 meses, falou que o filho recebeu o diagnóstico da condição há três meses e, desde então, busca atendimento especializado, sem sucesso.
Bruna Silva, mãe de uma criança de cinco anos, destacou a importância da terapia ocupacional (TO) para o desenvolvimento motor e cognitivo de seu filho. “Em um mês de terapia ocupacional, ele começou a falar e responder aos estímulos”. De acordo com o relato, o filho de Bruna recebe tratamento no Laboratório de Ensino e Prática (LEP) da Universidade Franciscana (UFN).
Acadêmicas do curso de TO da UFN que realizam estágio no Laboratório também participaram do encontro na Câmara. Elas expressaram a preocupação no encerramento das atividades do LEP e a consequente falta de cobertura na oferta de atendimento especializado. Sobre a demanda da clínica escola, as alunas relataram que, atualmente, o LEP está com uma lista de espera de mais de 40 pacientes.
Como deliberação, a comissão irá agendar uma reunião com a reitora da UFN para averiguar a questão.
Fazem parte da Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos os vereadores Maria Callegaro (presidente), Paulo Ricardo Pedroso (vice-presidente), Adelar Vargas, Admar Pozzobom, João Ricardo Vargas, Roberta Leitão e Rudys Rodrigues. Também participaram do encontro Mariana Motta, Leda Maria, Thais Oliveira, Eduarda Müller, Thaís Pagnossin, Taíse Batista da Costa, Vera Conrad, Elisabete Fontoura, Valdirene Santos, Carolina da Cunha e Carina Corrêa.
Texto: Camila Porto
Fotos: Luã Santos