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Câmara de Vereadores de Santa Maria - RS

Santa Maria, sexta-feira, 26 de abril de 2024

Poder legislativo debate com a sociedade a situação da dengue no município


  • 19/04/2023
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  • Geral
  • Criado por: Thaís Hoerlle em 19/04/2023
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Na tarde desta quarta-feira (19), no Plenário Coronel Valença, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente realizou reunião pública para debater com a sociedade o surto de dengue em Santa Maria. Representantes da Vigilância Sanitária do Município, da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), do Hospital da Brigada Militar, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Vigilância Epidemiologica do Município, do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema), entre outros, participaram da plenária.

Dengue

Segundo consta no site do Ministério da Saúde, a dengue é a arbovirose que se desenvolve nas zonas urbanas dos municípios, mais prevalente no Continente Americano. “É uma doença febril, que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4)”. Conforme o ministério, “o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. E o acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente”. 

Sintomas

Conforme consta no site da Secretaria de Município de Saúde, a dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando o paciente à morte. “Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39°C a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos também são comuns”. A forma grave da doença inclui sintomas como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros.

Dicas de prevenção

- Manter caixas d’água com as tampas fechadas;

- Encher os vaso de plantas e os potes em geral com areia;

- Evitar o acúmulo de água em recipientes;

- Manter tonéis e barris d’água tampados;

- Realizar a limpeza e a manutenção de piscinas periodicamente.

Manifestações

A secretária adjunta da Secretaria de Município de Saúde, Ana Paula Sering, afirmou que o monitoramento da dengue é realizado frequentemente. Que Santa Maria convive com um surto da doença, há quatro anos, e que o combate à doença depende muito da contribuição da população. A secretária adjunta afirmou que o município vive um surto da doença e que, neste ano, o número de casos será ainda maior que em anos anteriores. “Infelizmente, é algo geral no nosso estado”. 

Lembrou que, no inicio de março, a equipe de Vigilância sanitária do Município começou a perceber um aumento da doença. E que o número de agentes de endemia nas regiões aumentou de 14 para 35. Mas que ainda não é uma quantidade ideal de servidores. Sering ressaltou a importância da notificação da doença que deve ser feita pelos médicos, para que o município tenha um cenário fidedigno das pessoas infectadas pela doença. Informou também que no Rio Grande do Sul foram registrados nove óbitos por causa da doença. Já em Santa Maria, até a data de hoje, não tem nenhum óbito por dengue registrado. 

O superintendente de Vigilância Sanitária em Saúde, Alexandre Streb, informou que o acompanhamento da epidemiologia começa com a notificação da doença feita pelos médicos e instituições de saúde, que repassam essas informações aos serviços de saúde do município. Com posse destas notificações, quando se tem um caso suspeito, os agentes de saúde isolam o quarteirão do paciente suspeito e realizam um trabalho de revisão em todos os pátios das residências, na busca de acabar com possíveis focos da doença. “Hoje, nós é temos dois desafios: ter as notificações em números e em qualidade”. Disse que esse ano, o verão prolongado está contribuindo com o aumento dos casos da dengue. E salientou a importância de uma atuação consciente por parte da sociedade. “Não conseguiremos controlar essa doença, se não tivermos uma parceria”, referindo-se sobre a necessidade de um trabalho em conjunto entre os órgãos públicos, privados e sociedade.

O médico do HUSM, Humberto Moreira Palma, disse que a dengue é trata a partir dos sintomas da doença e que é muito importante que os pacientes estejam bem hidratados. Também destacou que a população deve ficar atenta a manchas vermelhas que podem aparecer na pele, vômitos, entre outros sintomas. “A educação populacional deve ser reforçada. Nós devemos cuidar da saúde ambiental e da saúde planetária”. O médico sugeriu que o treinamento das equipes de saúde seja reforçado.

O presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente, André Domingues, destacou a importância da população se conscientizar com relação ao cuidado com o meio ambiente. “A educação ambiental se faz necessária para que possamos ter melhores resultados”

 

Apresentação de aplicativo

O professor do Departamento de Engenharia Rural, do Centro de Ciências Rurais da UFSM, Enio Giotto, apresentou aos presentes um aplicativo desenvolvido pela universidade que mapeia informações como, por exemplo, pessoas infectadas com dengue, a qualidade da água de poços artesianos e, posteriormente, realiza a gestão desses dados. A reunião pública foi transmitida, ao vivo, pelo Canal 18.2. Você pode rever todas as manifestações na íntegra aqui . 

Texto: Mateus Azevedo

Foto: Isadora Pilar

 

 


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