Em reunião na tarde desta quinta-feira (14), a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada para averiguar os fatos e implicações que envolvem a tragédia ocorrida em 27 de janeiro deliberou por convocar secretários municipais para oitiva no dia 20 de março, a partir das 09h, no plenarinho da Câmara. Além dos vereadores Maria de Lourdes Castro, Dr. Tavores e Sandra Rebelato, integrantes da CPI, participaram da reunião os vereadores Werner Rempel, João Carlos Maciel, Manoel Badke e Luciano Guerra. A Comissão irá convocar os secretários Antônio Lemos, ex-secretário de Finanças e atual titular da Gestão e Modernização Administrativa; Anny Desconzi, procuradora jurídica e secretária de saúde; Miguel Passini, secretário de Mobilidade Urbana e secretária de Finanças, Ana Beatriz Barros. A Comissão tem prazo regimental de 90 dias para encerrar as atividades, podendo ser prorrogado por mais trinta. Há a possibilidade de a Câmara de Vereadores contratar técnicos para assessorar a CPI.

No início da reunião, a vereadora Maria de Lourdes Castro, presidente da CPI, informou que a Comissão visitou os Delegados Marcelo Argony e Sandro Meinerz, os quais relataram o andamento do processo e franquearam à CPI o acesso às informações pertinentes aos atos investigados pela Comissão. A Comissão recebeu correspondência da OAB Santa Maria, informando da impossibilidade de participar da CPI de forma permanente, mas reiterando a disposição de contribuir. A vereadora registrou que a Comissão recebeu os documentos vinculados ao Termo de Ajuste de Conduta do Ministério Público Estadual.

A vereadora Sandra Rebelato, relatora da CPI, enfatizou que os vereadores estão imbuídos de fazer trabalho sério e de fornecer respostas positivas às expectativas da sociedade. O vereador Dr. Tavores, vice-presidente, afirmou que trabalha com lisura e transparência, buscando justiça.

O presidente da Associação dos Familiares de Vitimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Alves Ferreira, opinou que considera tardia a instalação da CPI, mas válida. Solicitou aos vereadores que não ajam como vereadores, mas como verdadeiros pais. “Duzentos e quarenta e uma pessoas pagaram pela inoperância do sistema. Existem detalhes que precisam ser apurados”, enfatizou.

Texto: Clarissa Lovatto Barros
Fotos: Daniela Huberty