- 06/02/2025
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- Geral
- Criado por: Marcelo Martins em 06/02/2025
Assegurar dignidade e acolhimento humanizado junto à comunidade LGBTQIAPN+ foram os temas das pautas, na manhã desta quinta-feira (6), na Sala da Presidência. O presidente Rudys Confirmadíssimo (MDB) recebeu a assistente social Luciana Wolf Tessele, que atua junto ao Ambulatório Transcender. Ela relatou a necessidade de uma atenção maior do poder público para que a unidade possa avançar em outras frentes como, por exemplo, contar com o atendimento de urologista e de ginecologista, o que, atualmente, inexiste.
“O ambulatório é a porta de entrada, é ali onde eles devem se dirigir. Santa Maria tem esse serviço que é referência e o que queremos é, cada vez mais, melhorar e dar esse atendimento humanizado e qualificado”, avaliou a assistente social.
Há três anos em funcionamento, o Ambulatório Transcender atende, em média, 150 pessoas ao oferecer acompanhamento clínico, psicológico, psiquiátrico. Porém, no momento, não há mais equipe de enfermagem na unidade. O receio, segundo ela, é de uma precarização dos serviços.
Luciana demonstrou ao presidente Rudys preocupação com a dificuldade de inserção do público trans no mercado de trabalho. Ela pediu a ajuda institucional do Parlamento para viabilizar agendas e conversas com a unidade do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e com pastas correlatas junto à prefeitura para auxiliar na inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho.
Na sequência, o presidente Rudys recebeu o psicólogo Thadeu de Oliveira Lucca, que está à frente do Ambulatório Trans Estadual. O profissional adiantou ao presidente do Legislativo que há uma expectativa quanto à federalização da unidade, que funciona junto ao Hospital Casa de Saúde. Esse é um importante avanço, até porque, uma vez concretizada essa etapa, o Ambulatório Trans Estadual passaria a contar com recursos da União, além do que já é aportado pelo governo do Estado.
O psicólogo pontuou a urgência de o poder público ofertar hormônios para pacientes trans e travestis já em acompanhamento.
“A meta é ofertar a terapia hormonal com assistência qualificada. É fundamental enxergar o ser humano em sua integralidade. É necessário possibilitar o acesso ao tratamento hormonal sem que o paciente se exponha a riscos importantes à sua saúde”, avaliou o psicólogo.
A unidade estadual de Santa Maria é a primeira do Rio Grande do Sul e é referência para 147 municípios gaúchos. Além de Santa Maria, Pelotas e Canoas contam com ambulatórios trans próprios custeados pelo Piratini. Sendo que, aqui, são 210 consultas mensais e uma média de 400 atendimentos fixos.
Ao fim das duas agendas, o presidente do Parlamento reiterou que fará o possível para que o Legislativo não negligencie essas pautas.
“Toda pessoa independentemente da cor, credo, religião, opção sexual, deve ter assegurada a dignidade e um tratamento humanizado. E o Legislativo deve estar atento para que isso ocorra”, avaliou o presidente da Casa.
Fotos: Luísa Monteiro