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Audiência pública discute qualidade do serviço da Corsan


  • 29/12/2010
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Dezenas de pessoas, a maioria funcionários da Companhia Riograndense de Saneamento, lotaram as galerias do plenário da Câmara de Vereadores na manhã desta terça-feira (28) para a audiência pública convocada pela Comissão de Políticas Públicas, Direitos Humanos, Cidadania e Assuntos Regionais. A atividade teve como objetivo discutir a relação da estatal gaúcha com o município de Santa Maria.
Dirigida pelo presidente da Comissão, vereador Admar Pozzobom (PSDB), a audiência teve também a participação dos demais integrantes da comissão, vereadores Jorge Trindade (PT), Helen Cabral (PT), Maria de Lourdes Castro (PMDB) e Isaias Romero (PMDB), além de representantes de entidades de defesa do consumidor, do sindicato dos servidores da Corsan, lideranças comunitárias e do Poder Executivo. Mesmo não integrando a Comissão, participaram os vereadores Werner Rempel (independente), João Kaus (PMDB) e Manoel Badke (DEM).
Considerando o conteúdo de cada intervenção, é possível dividi-los em dois blocos: o primeiro, integrado pelos representantes das entidades de defesa do consumidor, Victor Hugo Ferreira e Mirta Beatriz Cardinal, o representante do Executivo, secretário adjunto da Secretaria de Infraestrutura e Serviços, Alexandre Brasil, vereadores e líderes comunitários. Em termos gerais reafirmaram as reclamações já conhecidas em relação à qualidade do serviço prestado pela empresa, sem, no entanto, deixar de considerar a sua importância enquanto instituição pública. Demora no atendimento de pedidos, demora na recuperação de pavimentos rompidos em função de consertos na rede de água e, principalmente, o fechamento da coordenadoria local da empresa, cuja administração está centralizada em Porto Alegre, cidade onde o serviço é municipalizado.
Outro grupo, entre eles vereadores de oposição aos governos estadual e municipal e funcionários da estatal, atribuem os problemas verificados às opções políticas das últimas gestões. A começar pelo não cumprimento do atual contrato com o município, firmado em 1996, pelo prazo de 20 anos. Seria também por conta destas opções gerenciais a dificuldade de assinatura de um novo convênio, adequando-se à atual legislação que estabelece uma série de vantagens aos municípios, assim como o desinteresse por uma verba de 100 milhões do PAC para obras de infraestrutura no setor. Esse grupo reafirma a necessidade de manutenção do caráter público da Corsan, contrário à privatização ou municipalização do serviço.
Defendendo a atual direção, apenas o gerente local da empresa, Maximiliano Moraes, explicou uma série de obras em andamento, entre elas a duplicação da adutora, e providências facilitando a comunicação entre a empresa, o município e os usuários.
No final na reunião foi consenso entre os participantes a necessidade de continuação do debate a partir do próximo ano, principalmente em razão da mudança de governo em 1º de janeiro, quando a própria direção da empresa deverá ser totalmente renovada. Também é consenso o entendimento de que como está a situação não poderá continuar, pois dos 22 compromissos firmados pela empresa no contrato atual, apenas 14 deles foram cumpridos, passados 14 anos da sua assinatura. O que também motivou o ultimato do prefeito Schirmer à empresa, não descartando a alternativa da municipalização.

Texto: Beto São Pedro
Fotos: Milena Jaenisch

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