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Orquestra Sinfônica de Santa Maria é homenageada na Câmara


  • 12/04/2011
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A Câmara de Vereadores realizou, no final da tarde desta terça-feira (12), sessão especial em homenagem aos 45 anos da Orquestra Sinfônica de Santa Maria. O ponto alto da homenagem foi a apresentação do grupo de cordas da orquestra, composto de 10 músicos. Sob a regência do maestro Marco Antônio Penna, regente adjunto da orquestra, o grupo executou os cinco movimentos da Suíte de Israel, do judeu alemão Benny Wokoff, e dois dos quatro movimentos da obra Momentos nº 3 do carioca Ernani Aguiar.
A homenagem foi proposta pela vereadora Maria de Lourdes Castro, que falou em nome da Casa, saudando a entidade homenageada e entregou ao regente da orquestra, maestro Enio Guerra, duas placas comemorativas, além de um kit de livros publicados pela Câmara com recursos da Lei de Incentivo ao Livro.
A Orquestra Sinfônica foi fundada como Orquestra de Câmara em 1966, por iniciativa dos professores Frederico Richter e J.J. Pagnot, do Centro de Artes da Universidade Federal de Santa Maria. Era composta basicamente por cordas (violinos, violoncelos e contrabaixo) e constituída por músicos da capital do Estado. Mais tarde, em 1981, alunos e professores do curso de Música da UFSM se integraram ao projeto, trazendo consigo novos instrumentos, violão e flauta-doce, implicando num considerável elevação do número de integrantes da orquestra.
Em 1988, com a criação da Associação Cultural Orquestra Sinfônica de Santa Maria, novos instrumentos foram agregados (trompetes, tubas, trombones, flautim, flauta, clarinete e fagote), quando então passou a atuar nos moldes de uma orquestra sinfônica, hoje conduzida com amor e dedicação pelas mãos do maestro Enio Guerra. Atualmente, a orquestra é integrada por 50 músicos e seu financiamento decorre da captação de recursos através da Lei de Incentivo à Cultura, de mensalidades dos sócios-contribuintes da associação mantenedora e doações da comunidade.
Em nome da Câmara, a vereadora peemedebista Maria de Lourdes Castro destacou a importância dos fundadores da orquestra, com o apoio incondicional do então reitor José Mariano da Rocha Filho, assim como a continuidade da obra através dos maestros Enio Guerra e Marco Antônio Penna. Segundo ela, a integração das sinfônicas com as suas populações, em concertos nos mais diferentes locais, vem quebrando o paradigma segundo o qual sempre pensamos em um público das classes privilegiadas economicamente quando falamos em música erudita. “Felizmente este paradigma vem sendo modificado por atitudes como a da direção e membros da nossa Orquestra Sinfônica, que apoiados em projetos culturais, levam este espetáculo a praças, igrejas e vilas, popularizando a arte e despertando nas pessoas de todas as classes o conhecimento e o gosto pela música instrumental de alto nível”, saudou a vereadora.
Segundo Maria de Lourdes nada representa com tanta precisão a “luta constante de aperfeiçoamento, superação e harmonia da humanidade em busca de seu futuro grandioso, do que o processo evolutivo de uma orquestra sinfônica: o trabalho permanente, o treino constante até a exaustão, a perfeição alcançada em cada acorde, a harmonia impecável do conjunto, levando à superação de cada obstáculo em busca da perfeita execução em cada detalhe”.
O maestro Enio Guerra e o presidente da Associação Cultural Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Guido Isaia, falaram agradecendo a homenagem. Enio Guerra lembrou a dedicação dos seus predecessores e revelou alguns dados sobre os últimos 10 anos de atividade da orquestra: 164 concertos, 80% dos municípios gaúchos visitados e público atingido de mais de 135 mil espectadores. Finalizou emocionado, destacando a dedicação de seus músicos e demais servidores da organização.
Guido Isaia, que se declarou antes de tudo um admirador de primeira hora do projeto da orquestra, reafirmou os agradecimentos já anteriormente feitos aos colaboradores da orquestra, considerando-a “um dos projetos sociais mais importantes da Universidade Federal de Santa Maria”.
No encerramento da sessão, a presidente Sandra Rebelato lembrou as palavras do escritor gaúcho Erico Verissimo, em resposta a uma indagação que lhe foi feita nos Estados Unidos, a respeito da sua procedência: “Venho de uma cidade que tem uma orquestra”, respondeu o autor de “O Tempo e O Vento”, referindo-se à OSPA e Porto Alegre. “Com certeza, se a OSPA é um orgulho para os porto-alegrenses, em igual intensidade a Orquestra Sinfônica de Santa Maria é um orgulho para os santa-marienses.” Tal Erico Verissimo, o santa-mariense, com igual orgulho, pode afirmar quando indagado sobre sua procedência “que vem de uma cidade que tem uma orquestra sinfônica”.


Texto: Beto São Pedro
Fotos: Renata Bianchini


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