- 14/03/2012
Laranjeira, falando em nome do setor de traumatologia e ortopedia, agradeceu atenção imediata da Câmara de Vereadores, que, através do presidente Manoel Badke, ao saber da situação da lista de espera por cirurgia, promoveu primeiro encontro para tratar do assunto, que culminou na reunião desta quarta-feira. Segundo Laranjeira, há, em números atualizados, 494 pacientes aguardando por realização de cirurgia (eletiva) explicando ser prioridade o atendimento às pessoas que chegam ao hospital em caráter de urgência. Laranjeira registrou preocupação com a falta de investimentos em novos leitos e o número insuficiente de anestesistas para atender à demanda, fato que causa cancelamento de cirurgias.
Ilse Mello, da 4ª Coordenadora Regional de Saúde, afirmou que elementos devem ser cruzados para análise situacional sobre a fila de pacientes na espera por cirurgia, tais como grande número de acidentes de trânsito, envelhecimento da população e superespecialização dos profissionais. Informou que, com intuito de aumentar rede de apoio no atendimento à saúde, estão, em fase final, as tratativas para assinatura de contrato com Hospital Caridade de Saúde na área de traumatologia e neurologia.
Lucimar Garcia de Sá, da secretaria municipal de saúde, ressaltou que Santa Maria tem demanda reprimida e os pacientes, já diagnosticados por médicos na rede municipal, aguardam vários meses procedimentos cirúrgicos, especialmente na área de traumatologia.
O vereador Werner Rempel ponderou que a análise dos motivos de demora na realização de cirurgias deve ocorrer de forma sistêmica, pois a fila de espera também acontece em outras áreas, como, por exemplo, na urologia. “A perspectiva das pessoas é esperar por muitos meses para ser operado. Todos os profissionais gostariam de resolver problema rapidamente”, observou, declarando que corte da União no orçamento da saúde vai refletir nos serviços prestados no HUSM e, diante disso, municípios devem ser unir para mudar situação. Registrou, ainda, estar convencido de que uma solução viável é a empresa brasileira de serviços hospitalares.
A vereadora Maria de Lourdes Castro, presidente da Comissão de Saúde, defendeu união com outros órgãos porque o assunto não se resolve somente com repasse de verbas, mas precisa de planejamento e de ações concretas para modificar cenário. O vereador Jorge Trindade, na mesma linha da vereadora Maria de Lourdes Castro, destacou necessidade de união de diferentes esferas para resolver a demanda reprimida. O vereador Luis Carlos Fort lamentou ausência da direção do Hospital Universitário para discutir assunto, destacando intenção da Comissão de Saúde em construir solução.
Uma nova reunião, com participação da direção do HUSM, serviço de traumatologia, Hospital de Caridade, Casa de Saúde, Secretaria Municipal e Coordenação de Saúde e conselho dos secretários municipais de saúde, deve acontecer, em no máximo, 15 dias. Além da situação referente à lista de espera por cirurgias, a reunião irá tratar da empresa brasileira de serviços hospitalares.
Texto: Clarissa Lovatto
Fotos: Patric Chagas